Já restam poucos indícios em João "All-Star" Castro da sua meninice travessa. Quem o imaginaria em tenra idade a apanhar sapos para os pôr a fumar, a fim de confirmar se, conforme reza a lenda, a sua primeira passa também é a última? Porém, esse foi o início de uma longa paixão por estes anfíbios. Castro chegou ao ponto de vender no OLX raríssimos pares de Converse All-Star da sua colecção (que lhe valeram o seu nome de guerra) a fim de ter disponibilidade financeira para montar o seu próprio aquário de batráquios. Castro não estendeu a sua paixão as rãs, na medida em que aquelas a que consegue deitar a mão, rapidamente as despacha para diversos restaurantes, onde a especialidade é "perninhas de rã". A paixão por sapos granjeou-lhe fama um pouco por todo o concelho, o que o obrigou a ter inclusive uma secção de merchandising com a marca "Os Sapos do Castro", sendo a venda mais mediática a do gigantesco anfíbio em barro que Castro vendeu ao restaurante "O Sapo", além da mascote desse mesmo estabelecimento, "Elias" de seu nome. Existe, porém, uma comunidade do Vale do Sousa, que não nutre particular simpatia por Castro, pelos seus bichinhos, tão pouco pelo sucesso de vendas do seu merchandising: os romani, mais comummente conhecidos por ciganos. Devido ao ancestral medo que aquela comunidade desenvolveu por sapos, não é pois de estranhar que os robustos anfíbios que Castro vende um pouco por todo o Vale do Sousa, os levem a veementes protestos contra o negócio do "All Star". De resto, no próprio Municipal de Santa Luzia já se assistiram a algumas animosidades, decorrentes desta batalha entre sapos e romanis, mais antiga que os próprios séculos.
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