A Marca Negra

Não obstante a discussão actual no seio da comunidade nodoanegrina no sentido de dotar a nossa nobra instituição de um emblema, a ideia não é nova. Na verdade, durante os tempos áureos nodoanegristas já se punham em cima da mesa diversas propostas de símbolos, logotipos e emblemas para os jovens, imberbes e cheios de raça atletas que éramos. Ricardo "Kiloapt" Simão, a. k. a., "O Totil", era um dos dinamizadores da ideia, conhecidas que eram as suas aptidões para o desenho na juventude, ao qual acrescia o tempo que perdia em frente ao computador a estudar possibilidades, o que não poucas vezes colidia com a sua necessária presença no "battlefield" da bola. Assumiu, portanto, proporções épicas o episódio no qual se comunicou ao "Totil" que o símbolo já fora escolhido. Pura mentira, como é óbvio, uma vez que é mais difícil obter consensos na comunidade nodoanegrina do que numa assembleia geral do Sporting. Kiloapt ficou entre estarrecido, mas mal quis acreditar quando se levou a mentira mais adiante, dizendo-lhe que TODOS os jogadores do Nódoas Negras iam tatuar o recém-eleito símbolo, para os demarcar dos demais jogadores de rua. Ninguém esperava que Kiloapt levasse tão a sério a homenagem clubística, ou que tivesse acreditado piamente nessa história. O certo é que na futebolada seguinte exibia orgulhoso uma tatuagem do falso emblema nas costas junto ao ombro direito. E a sua reacção ao descobrir que não passara tudo de uma valente tanga, não foi bonita de se ver. Pouca gente conhece o facto, pois pouca gente já viu o Totil jogar sem t-shirt, ou tem conhecimento do antigo símbolo: porém, ainda hoje ele lá está, marcado a ferro e fogo para todo o sempre.