A marcação da última partida de bola de 2011 veio a tomar proporções biblícas, de tão difícil que se afigurou. Lesões de última hora, acidentes, ressacas, doenças, supermercados, poucas desgraças não terão acontecido. Porém nem todas as desgraças foram suficientes para impedir um bom dum 5 contra 5, no dia 30 de Dezembro do ano da graça de 2011, 15h40 da tarde, a uma temperatura próxima dos 10º graus centígrados. Como se pode constatar a derradeira epopeia não se verificou dentro de campo (uma vez que qualquer jogo nodoanegrino é épico qb), mas fora dele, mais precisamente antes da partida. Para a posterioridade fica o episódio imediatamente anterior ao início da partida: o roubo da bola. De facto, quando finalmente foram conseguidos 10 jogadores surgiu um último obstáculo: Peúgas, a recuperar duma complicada intervenção cirúrgica e fiel depositário da bola nodoanegrina, não se encontrava em casa. QT e Draze não podiam deitar abaixo todo o trabalho a que se tinham dado, nem podiam aguardar que o "Mustang" Garcez regressasse à base. Urgiu a arquitectura de um plano de assalto à moda do antigamente. Com a conivência de Peúgas, e sempre na mais alta descrição, o Draze "O Esmaga-Tropas" iludiu a apertada vigilância: Buggy, um canídeo feroz; enquanto QT varria o terreno assegurando-se de que ninguém os vigiava. Seguindo milimetricamente as indicações de Peúgas, Draze arrombando a porta sem mácula, infiltrou-se na mansão. QT divida as atenções entre a movimentação da rua e as possíveis deambulações dos moradores da casa, que tanto quanto se soube estava deserta, sempre a coberto da penumbra. Draze recuperou a bola, antes que Buggy soltasse um latido sequer. Missão cumprida, os dois nodoanegrinos desapareceram da Mansão Garcez rumo à Catedral, sem deixar um mínimo vestígio da sua passagem, para além do afecto que para sempre lhes reservará Buggy.
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